Eleito pela primeira em 2008, pelo PT, o parlamentar está no segundo mandato, e migrou em 2016 para o PTB. Radialista por profissão, Adilson Jr. tem sua base política nas comunidades católicas, sobretudo na Zona Noroeste de Santos. De uma família pioneira no bairro Castelo, foi ali que despontou para a vida pública. Profissional da voz, atuando em rádios FM, é popular é deve também a isso a sua primeira eleição para vereador.
Membro de uma oposição com diluído poder de fogo, diante de uma situação com maioria esmagadora, o parlamentar faz o que pode para sobreviver politicamente. Em que pese estar nua sigla com perfil de contestação e crítica, logo cedo aprendeu que não pode comprar todas as brigas. Declarou-se impedido de votar, por exemplo, na aprovação das contas do deputado federal Beto Mansur, ex-prefeito santista. Adilson trabalhou nas emissoras da família de Mansur. Apenas um voto tiraria o ferrenho inimigo petista do cenário, por pelo menos oito anos.
Por cansaço, desânimo ou cooptação, Adilson tem votado favoravelmente a projetos do governo do PSDB. Procura apresentar projetos de apelo social, mas não foge à regra, propondo datas comemorativas e trabalhos de menor relevância. Não age com independência, tendo assimilado a convivência , até confortável, dentro do sistema político dominante. Tem sentido na pele a desconfortável experiência de votar com o governo do PSDB e mesmo assim, ter projetos vetados.