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“Cretina”, “medíocre”, “patética”, “infeliz”, “idiota”, “tendenciosa”, “revistinha”. Estes foram alguns dos adjetivos usados ao longo dos primeiros 50 minutos da sessão legislativa desta segunda-feira (2), em que 7 vereadores de Santos se revezaram para desqualificar uma reportagem da Revista Veja São Paulo.

Ao que parece, a operação de contra-ataque às duras críticas contidas na matéria citando Santos e região, foi executada com obediência pela linha de frente da base do Governo. Se com sucesso ou não é outra história. Será que os poucos santistas que acompanhavam a sessão, in loco, pela internet ou pela TV, se convenceram de que Santos é mesmo uma cidade plena e maravilhosa, como discursaram os paramentares?

Logo eles, que estão desacreditados na opinião de boa parte dos santistas justamente por uma fidelidade cega a um governo que não foi capaz de conter a queda dos indicadores econômicos, gradativa piora das políticas públicas e o sucateamento dos equipamentos e serviços?

Publicada no último fim de semana, a reportagem foi manchete de capa, com o título “Decadência à beira-mar” e os dizeres “Um porto problemático, tráfico de drogas em alta, furtos, praias sujas e grandes promessas econômicas que nunca se realizam murcham o litoral mais próximo da Capital”.

No texto são expostos diversos indicadores e fatores negativos, a maior parte constatados até pelos próprios vereadores em seus requerimentos inócuos. Ele servem de argumentação para demonstrar o que os repórteres Matheus Prado, Mariana Rosario chamam de “decadência” da cidade polo da Baixada. Outras cidades do entorno, como o Guarujá, também são citadas.

A julgar pelo tom alterado dos edis, fica parecendo que ambos os jornalistas foram pagos para escrever mentiras. Será? Por meio do link no fim do post os seguidores desta página podem ler a reportagem e tirar suas próprias conclusões.

Depois de lido o material, gostaríamos das opiniões. Queremos saber qual é a cidade real: a Santos “pujante”, “melhor cidade para se viver“ que os vereadores tanto enfatizam ou se é a Santos da maioria dos santistas, daqueles que moram depois da linha da máquina, nos bairros afastados da orla e na zona noroeste.

Aqueles que precisam mandar seus filhos para escolas e unidades de saúde onde falta o básico, aqueles que moram de aluguel, aqueles que precisam procurar emprego na Capital, concordariam com os vereadores aliados do prefeito de que está tudo muito bem? Será que achariam a matéria tão absurda assim?

Leiam aqui o texto e opinem.