ADILSON-RINDO

A Câmara de Santos realizou uma sessão extraordinária na manhã desta quarta-feira (12), com 10 itens na ordem do dia.

Do total de projetos, 60% foram pautados e votados pelo artigo 24, que faz com que os trâmites corram com a máxima rapidez.

Desta lista de projetos com encaminhamento acelerado, dois dizem respeito a termos de fomento que beneficiam entidades com recursos públicos, um outro trata de criar uma data no Calendário Oficial de Eventos e Datas Comemorativas (O Dia do Futebol Solidário do Rotary) e outros dois declaram duas instituições com o título de “utilidade pública”.

Apenas um projeto deve, de fato, trazer benefício concreto à Cidade: o que autoriza regularização fundiária em áreas cujos moradores esperam há muitos anos por esse momento. Existem inúmeras outras áreas com residências também consolidadas há décadas esperando pelo mesmo desfecho, sem qualquer previsão de serem regularizadas.

A ordem do dia levou apenas 19 minutos, com outros quatro projetos sendo aprovados no automático, sem debate, totalizando 10 trabalhos referendados pelo Legislativo.

Da leva que não foi pautada pelo artigo 24 foram três projetos de termos de fomento e um outro ligado a doação de terrenos à CDHU.

Outra sessão extraordinária está prevista para a próxima sexta (14). A correria é para “limpar” a pauta e colocar em dia os projetos da fila, onde boa parte é encaminhada pelo Executivo.

O termo “limpar” a pauta foi usado pelo vereador governista mais veterano da Casa, Manoel Constantino (PSDB, 9º Mandato).

Já para esta quinta (13) é esperada a aprovação da LOA, que trata do orçamento de 2019, assim como as respectivas emendas parlamentares.

A partir da semana que vem, só calmaria. Será um longo e refrescante verão, em que não devem ocorrer sessões por pelo menos um mês e meio.

Mais calmo do que isso só a ida do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) ao plenário, mais cedo. Ele explanou com tranquilidade, por mais de duas horas, a cidade maravilhosa que o Governo descreve com tabelas e planilhas, mas que a maior parte dos santistas não conhece.

Sim, por força de lei, o prefeito foi obrigado a comparecer mais cedo na Câmara para fazer um balanço da administração. Quem esperava clima tenso na manhã desta quarta (12), se decepcionou. Tudo se passou como num encontro entre amigos. Perguntas, respostas, muitas promessas e propagandas, tanto do Executivo quanto do legislativo. Pouca ou nenhuma cobrança.

Os vereadores governistas até tentaram blindar o chefe da administração, no que pareceu ser uma tentativa de restringir o tempo e número de falas. Mas nem isso foi preciso, diante do tom cordial em plenário. No fim, saiu tudo como manda o figurino.

É Santos.